Foto by: Fruke Alves |
Aproveitando
a onda do início da 1ª Etapa do Circuito Brasileiro de Skate Downhill - Downhill da Inconfidência, a CBT entrevista o
homem que esteve diretamente envolvido nesta etapa que aconteceu em Nova Lima – MG, na famosa ladeira da APAC. : Leonardo Ferraz Martins, o Léo Ferraz, mineiro de Belo Horizonte e radicado no Rio de Janeiro, esteve trabalhando durante 1 ano, para que o evento acontecesse.
Segue abaixo nosso bate papo com o rider.
CBT: Fale-nos um pouco sobre quem é o Léo Ferraz:
L.F: Nasci em Belo Horizonte, e sou administrador comercial de uma empresa de produtos mineiros no Rio de Janeiro (Mares de Minas), onde moro atualmente. Morei minha vida toda em BH, mas fui criado e crescido na cultura carioca do surf, skate, e
Califórnia style. Sou uma mescla do estilo dogtown e old school com uma
visão moderna de onde o esporte pode chegar. Considero-me um visionário
na verdade sem modéstia. Sei do caminho que o esporte pode chegar .
CBT: Como e quando iniciou no longboard, como chegou ao downhill, e quais outros esportes praticou?
L.F: Em 1998 me mudei pela primeira vez pro
RJ, com o sonho de surfar e conquistar minha vida próximo do mar e do
verdadeiro sentido que buscava. Fiz faculdade de fisioterapia ate 1999.
No final de 99 eu transferi minha faculdade pra BH e acabei voltando pra
MG. Com a saudade do surf, trouxe na bagagem um longboard skate.
Pratico skateboard / Kitesurf / Surf/ snowboard/ e minha maior paixão, o donwhill speed com toda sua radicalidade e glamour.
Pratico skateboard / Kitesurf / Surf/ snowboard/ e minha maior paixão, o donwhill speed com toda sua radicalidade e glamour.
Foto by: Fruke Alves |
CBT: Enfrentou preconceitos com o longboard e com o skate?
L.F: Em Belo Horizonte não é difícil passar
por preconceito né? (risos) com certeza, se você for quem realmente
você é.... Tu está fora. Em 2000 larguei minha faculdade de fisioterapia
pra me dedicar ao skate. Abri minha primeira loja de skate com mais
dois amigos e resolvemos divulgar e crescer o downhill na capital
mineira. Depois disso foram vários eventos como Funil 2003/2004. Aonde
levamos o esporte pra outro nível com percursos foras dos padrões da
época. Mas sempre numa luta grande já que era uma coisa fora dos padrões
normais da cidade. Na verdade vivíamos estilo de vida californiano em
BH e sem duvidas passamos por muito preconceito.
CBT: Quais são em sua opinião os grandes nomes do downhill nacional e internacional?
L.F: No downhill nacional gosto muito da tocada dos atletas mineiros. Thiago Lessa e Max Ballesteros são
os nomes que quero citar, porém depois do evento da semana passada
podemos ver que os “cuie” estão com a categoria de base muito bem
representada, Pedro Antunes, Bruno, E Pepe Laporte são promessas que vejo pra um futuro. Guto Negrão, Ricardo Reis, Dalua, Juliano Cassemiro,Alexandre Maia são nomes que não podemos deixar de citar também. Internacional eu falaria, James Kelli um dos mais técnicos e radicais freeriders do mundo, Byron tecnicamente incrível, são vários nomes .
CBT: Quais foram suas inspirações no cenário do downhill?
L.F: Minhas inspirações foram os top mundiais do final da década de 90 e inicio de 2000. Manu Antuna / Darryl Freeman / Stuart / Biker Sherlock/ Dan Vom Bommel / Mark Golter..... NA época o downhill era modalidade do X games . No Brasil nomes como Alexandre Maia / Juliano Cassemiro / Marquinhos / Yuppie / Indião / Mikima.
Foto by: Fruke Alves |
CBT: Quais os estados onde o downhill está mais forte?
L.F: Depende do Quesito (risos). Atletas
fortes têm em todos os estados. Os melhores eventos estão em Minas
Gerais E Rio Grande do Sul. Mas vejo um forte cenário a nível nacional
em um todo.
CBT: Você esteve diretamente envolvido na 1ª etapa do brasileiro, como se deu este envolvimento?
L.F: Sou produtor de eventos de speed
desde 2000 quando fiz meu primeiro campeonato já trazendo os grandes
nomes do downhill da época pra BH. Desde então tenho meus projetos
guardados nas gavetas pra algum dia como aconteceu a prefeitura de nova
lima me comprar o projeto que se sucedeu no Downhill da Inconfidência!
Foi um trabalho em conjunto da minha empresa Coolhilss com a prefeitura e
equipe técnica DHM races.
CBT: Qual sua visão sobre o evento como um todo?
L.F: Foi um evento referencia. Estrutura de
nível internacional, premiação dando o verdadeiro valor do suor do
atleta. Publico totalmente bem instalado e se divertindo.
CBT: Hoje o Léo vive do longboard?
L.F: Não (risos) infelizmente vivemos num
pais que não da pra viver disto. Hoje busco outros caminhos, mas como o
long é minha paixão continuo fazendo por amor e quem sabe um dia eu
consigo viver disto .
Foto by: Fruke Alves |
L.F: União, Bom senso e paz, nada mais que isso, O downhill da inconfidência mostrou isso.
CBT: Para finalizar, quais as dicas do experiente rider Léo Ferraz aos que estão iniciando no downhill?
L.F: Gostaria aqui de deixar dentro da minha experiencia que vocês tem que andar de skate acima de tudo pra se
divertir, fazer amigos e conhecer lugares, num futuro vocês vão ver que
o que vale a pena e isso. Persistência, disciplina, união, amizade e
acima de tudo diversão. Sem ela perde o sentido!
"Segue vídeo de um role histórico de vários rides de vários estados, isto aconteceu no ano de 2011 se não me engano ! Editado por mim." Léo Ferraz: